quarta-feira, 7 de abril de 2010

05/04/2010

A balsa que sairia em horário “londrino”, não foi pontual. Um dos expedicionários escorregou e acabou ferindo uma das pernas, na altura da canela. O tombo assustou os membros, que ficaram ao lado do ferido, aguardando a melhora do mesmo. Após constatado que a coluna não havia sido afetada, e que somente o corte profundo ocorrido na perna era o problema, ficamos mais calmos, mas assim mesmo cientes da urgência da situação. Para piorar, nossos carros foram os primeiros a ser carregados, depois mais carros, ônibus e caminhões foram carregados. O acidente ocorreu quase na hora de saída da balsa, e teríamos que descarregar os outros carros da balsa para sair com nossos carros. Um dos passageiros da balsa ligou para o serviço emergência, e uma ambulância do SAMU veio até o local. Os atendentes, muito prestativos, bem preparados, mas sem os materiais necessários, chegaram ao local e atenderam a emergência. Graças a um bom kit de primeiros socorros que nos acompanha com fios de sutura, seringas, gazes, pinça, tesoura, anestésico, entre outros itens, enfim, tudo o necessário para a realização do atendimento. Eles atenderam o ferido dentro da própria balsa, no compartimento traseiro de uma das Lands. Isso demorou um pouco, e a balsa saiu com 45 minutos de atraso.
Nossa previsão era apenas passar pela cidade de Monte Alegre/PA, mas essa era a próxima cidade em nosso roteiro, e fomos aconselhados pelos socorristas a procurar um médico para melhor examinar o ferimento. Após uma visita a um hospital público, depois em um consultório particular, em nossa terceira tentativa, realizou-se a consulta médica. O médico atendeu, não convenceu muito, mas serão seguidas as orientações por ele propostas, e a parte de enfermaria, como troca dos curativos e aplicação de injeções, será feita por membros da expedição.
Seguimos viagem, com destino ao Porto de Acarapi, no rio de mesmo nome, um dos afluentes do Rio Paru, que por sua vez é afluente do Rio Amazonas. Ainda em Curitiba foi agendado uma balsa para buscar os carros neste porto. Mas com os problemas mecânicos, o acidente, e mais a entrada na cidade de Monte Alegre/PA, atrasamos no nosso horário programado e optando por acampar na estrada.
Por falar em Monte Alegre, cidade muito simpática, toda asfaltada, com uma bela vista do Rio Amazonas, cidade que nos impressionou muito, todos elogiaram o estilo da cidade. Muitos moto taxis, e uma cidade muito maior que imaginávamos. Mas tínhamos que seguir viagem, pois a expedição precisa andar.
Chegamos a noite em Jutuarana, um distrito ou bairro da cidade de Prainha/PA, aqui as cidades tem grande extensão terriotial. A localidade muito simples, de uma rua só, toda de terra, e pouquíssimas casas, nesta localidade inicia o ramal madeireiro com acesso ao porto. Pedimos informações numa mercearia, para confirmar nossos mapas, pois depois que uma cidade estava no lugar errado no GPS, a todo momento é confirmando nossa real posição. A mercearia muito simples, para terem uma idéia nas caixas de mantimento da expedição havia mais volume e variedade de alimentos que na mercearia. Paramos ali, uma senhorinha, muito pequena, Dona Maria, nos atendeu de forma muito simpática, e nessas horas da noite, já estávamos em busca de um lugar para acampar. Perguntamos se poderíamos usar o quintal da casa dela para acampar, e ela nos ofereceu sua antiga casa, pois a que ela morava ali, mais próxima a estrada, era sua nova casa. A casa era de uma peça só, sem quartos ou salas, e o banheiro era a casinha lá fora. Pedimos se poderíamos usar a cozinha da casa nova, para nosso cheff preparar nosso jantar. Pelo uso da casa, do banheiro e da cozinha pagamos um pequeno aluguel para a dona Maria e Seu Rubens, que abriram as portas de sua casa, onde jantamos, pernoitamos, tomamos café e seguimos viagem.
Uma das curiosidades da casa é a altura do chuveiro, como o casal tem uma estatura pequena, construíram a casa e o chuveiro para eles. Eu, particularmente, tomei banho agachado para ficar na altura do chuveiro., e dormimos todos na mesma peça, afinal a casa era de uma peça só, e não havia como dividir o pessoal, então colchões ou colchonetes ao chão e uma noite de sono pela frente.

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