quarta-feira, 14 de abril de 2010

12/04/2010

A feijoada ficou para o dia de hoje, mas também não saiu... Antes que perguntem...
Todos acordando cedo, coisas para fora dos carros, ajeita dali, amarra daqui, trava dali, e os carros vão sendo preparados para o despacho.
Uns arrumam os carros, outros seguem para o aeroporto comprar as passagens, o grupo se organiza, se divide, e vai cumprindo as tarefas propostas.
Arruma as malas, empacota tudo, e os carros seguem para a balsa.
Após deixar os carros no porto, seguimos para um restaurante, indicação do João do Jeep Clube, e almoçamos, este que seria o almoço de fechamento da expedição.
Mas já foi um almoço mais preocupado, com os compromissos de trabalho já na cabeça, já em ritmo de retorno ao trabalho, já com acesso aos fones celulares, emails, enfim, voltando ao mundo que conhecemos.
A noite, seguiríamos rumos parecidos, mas por companias aéreas diferentes. Voltamos para o Hotel, esperar a hora dos vôos, e a despedida foi ali, cada um que saia para viajar, passava despedindo-se dos amigos, e seguindo para o aeroporto.
Fica a alegria da vivência entre amigos, das amizades nascidas, da confiança nos companheiros de expedição.
Vamos esperar por novas aventuras, novas expedições, novas trilhas...
Vamos ver se na próxima sai a feijoada...

11/04/2010

Acordamos cedo, no intuito de visitar o Cabo Orange. Após várias conversas com os barqueiros, e com pessoas que já visitaram o local, nos relataram a dificuldade que seria. Além de viajar de 3 a 4 horas de barco, teria que ser um barco bom, com motor potente, teríamos nos últimos 40 ou 60 minutos, que enfrentar a pororoca, ondas de 1 metro de altura. Cortar todas essas ondas e torcer para que o barco não vire, e mais o custo da locação deste barco. Procuramos um avião, para locar e realizar uma visita aérea, mas numa cidade sem saneamento, transporte público, infra estrutura turística, bons hotéis, também não encontramos aviões para locação.
Desencantados com a cidade, e com o risco que seria seguir via aquática, resolvemos embarcar nos carros e iniciar nosso retorno.
Planejamos de pernoitar na cidade do Amapá, onde dormimos em nossa viagem de ida. Então viajamos com esse destino, e planejamos fazer uma feijoada no almoço, pois desde o início da expedição estava em nossos planos. Pensamos em fazer o almoço a beira de um Igarapé que havíamos gostado em nossa viagem de ida, mas o São Pedro desabou água, e em nossa passagem pelo local não havia condições de parada, então seguimos viagem.
A viagem seguiu, e acabamos passando pela cidade que pensamos pernoitar, seguindo direto a cidade de Macapá, procurando jantar na Peixaria Amazonia, local que nos deliciamos anteriormente com um ótimo almoço.
Acho que este é o jantar de finalização da expedição. Estamos aqui, os 7 reunidos, com o sentimento de dever cumprido, de realização, do fortalecimento das amizades que nasceram durante a expedição, sem o pensamento nos compromissos, na vida agitada que levamos, dos problemas que enfrentamos. Estamos aqui, amigos reunidos numa boa conversa, boas risadas e ótimas histórias.
Amanhã vamos despachar carros, comprar passagens, arrumar as coisas, e devagarinho, voltar ao Brasil que conhecemos.

domingo, 11 de abril de 2010

10/04/2010

Acordamos cedo, para novamente pegar a estrada, sabendo que havia pela frente mais de 250 km de estrada de chão, e como a experiência anterior não foi muito agradável, nos preparamos para a concretização do objetivo da expedição, a chegada a cidade do Oiapoque. Tomamos café na Pousada, onde nos serviram um suco de goiaba araçá. Um suco gostoso, de sabor exótico, mas que agradou a todos que provaram. A dona da pousada explicou que se tratava de uma fruta um pouco amarga, mas o suco estava ótimo e degustamo-lo, acompanhado de tapioca.
Seguimos em frente, almoçamos num pequeno restaurante as margens da BR (na estrada de chão) que leva ao Oiapoque. Alguns almoçaram, outros lancharam, e continuamos a viagem.
Chegamos ao Oiapoque por volta da 16:30h, fomos direto a um atracadouro de barcos de um amigo do pessoal do Jeep Clube, que acompanha a expedição, e aproveitamos para neste mesmo dia conhecer a Guiana Francesa, a cidade de Saint Georges, ou São Jorge, que é como os brasileiros que moram aqui no Oiapoque se referem a cidade.
Navegamos no Rio Oiapoque, rio que divide o Brasil da Guiana Francesa, num pequeno barco, para 12 pessoas, com motor de 40 HP, que foi lotado. Somos 11 no total, mais o barqueiro, fechou os 12.
Fomos, visitamos, e nos impressionamos. Nos impressionou a falta de estrutura, higiene, tintas na parede, enfim, fomos a Guiana e nem um cartão postal conseguimos comprar. Além do clima esquisito, a falta de estrutura para tudo, inclusive a turística, é uma coisa a se lamentar.
Tomamos uma cerveja inglesa, pois francesa não tinha, e voltamos ao Brasil.
Rodamos na cidade de Oiapoque em busca de um hotel, e presenciamos a falta de estrutura hoteleira, falta de um bom hotel, falta de um restaurante. Após uma melhor olhada na cidade, falta de saneamento básico, limpeza pública, não existe transporte coletivo, e por ai vai, a lista de coisas a construir, realizar ou melhorar nesta cidade, no extremo norte do Brasil, já no hemisfério norte do globo terrestre.
Visitamos 3 hotéis, e elegemos o “menos pior” para pernoitar.
Tínhamos em mente visitar o Parque Nacional do Cabo Orange, pois foi a inspiração para o nome da expedição. Programamos para acordar cedo e providenciar o transporte para todos, para a visitação.

09/04/2010

Desculpe a demora na atualização do blog.
Telefone não pega, orelhão (em certas localidades) é raridade ou não exite, internet é coisa raríssima, então não há como mantê-lo atualizado todo dia.
Mas conforme a possibilidade vou atualizando.
Abraço a todos!!
Beijos a minha esposa...
E obrigado pelo carinho!

09/04/2010

Logo pela manhã procuramos o pessoal do jeep clube local para nos auxiliar na indicação e escolha da oficina para os reparos, e fomos prontamente atendidos. O João, vice-presidente do Jeep Clube Macapá, veio até nós e nos acompanhou até as oficinas escolhidas, para dividir os carros entre as oficinas, buscando agilidade e rapidez nos reparos.
Almoçamos no restaurante Peixaria Amazonas, e nos deliciamos com Tucunaré, Pirarucu, camarão rosa e vários acompanhamentos, eleita a melhor refeição da expedição até o presente momento, sem querer ofender nosso cheff, que nos proporcionou ótimas experiências gastronômicas.
Voltamos à oficina, para concluir os carros, e recebemos a notícia que junto conosco seguiriam, rumo ao Oiapoque, o João, e o Papagaio. O Papagaio é um dos mecânicos conhecidos da cidade, experiente na manutenção de Jeeps, e amante do offr road.
Então a expedição voltou ao seu corpo original, com 5 carros a compondo, mas agora com integrantes diferentes dos originais.
Formamos o comboio e seguimos até a cidade do Amapá, cidade pequena, sem muita estrutura, onde pernoitamos na Pousada Cactus, com instalações simples, mas com bom ar condicionado. A estrada que liga as cidades de Macapá e Amapá é toda asfaltada, com um bom asfalto apesar do trafego pesado de caminhões.
Enfrentamos o dia sem grandes problemas, sendo o desafio do dia, encontrar um local para jantar em Amapá. Após algumas tentativas, lanchamos numa barraquinha da rua ao lado da única praça da cidade, lanche acompanhado de boa conversa e pelos novos integrantes da expedição.

08/04/2010

Nesta manhã o Sr Raimundo veio até nós com uma garrafa de café e alguns copos. Após o desjejum fomos de barco até a cachoeira, e ficamos muito impressionados pelo tamanho e volume de água. Não sei ao certo o volume, mas vou me informar e comparar com Foz do Iguaçu, pois há várias quedas, e uma delas muito parecida com a garganta do diabo, mas em menor escala. O barqueiro nos levou para fazer o passeio próximo as quedas, como existe em Foz, mas aqui era um pequeno barco de rio, com bordas muito baixas, um motor de rabeta, de pequena potência, e esse conjunto aumentou a emoção do passeio.
Sr Raimundo convidou-nos para visitar a vila e, especialmente, sua casa. Passeamos pela vila, que deve ter umas 10 casas, sentamos a varanda da casa dele, construída pelo projeto Jarí. Depois seguimos em direção aos carros, nos despedimos do simpático Raimundo Nonato, embarcamos nos carros e seguimos viagem, com destino a capital, do Amapá, a cidade de Macapá.
Pensamos que iria ser fácil, mas a saída da trilha nos reservou algumas aventuras, saímos a base de cabos de aço e guincho. Vencemos a trilha, os 27 km, num tempo aproximado de 3 horas. Pegamos a BR, sentido Macapá, faltando aproximadamente 210 km para o destino, sabíamos que a estrada era de chão, mas não com tantos buracos. Uma estrada difícil, com muitos buracos e “costelas” que dificultou nosso trajeto, atrasando nossa viagem, fazendo com que chegássemos a nosso destino por volta das 22:30h.
Hospedamos-nos no Hotel Macapá, na orla do Rio Amazonas, e em frente havia um quiosque servindo refeições. Ali foi o local escolhido para o jantar. Após ter dormido a noite passada em colchonetes e redes, durante o dia enfrentar a dureza da estrada, o deitar o corpo num bom colchão é uma notícia maravilhosa.
Além de nós, quem também sentiu a dureza da viagem foram os carros, os 3 apresentaram problemas na suspensão, chapas de proteção soltas, necessidades de reaperto de parafusos, entre outros itens a verificar na manhã seguinte.

sexta-feira, 9 de abril de 2010

07/04/2010

Nos despedimos da cidade de Almerin, com uma bela vista do amanhecer do dia, as margens do Rio Amazonas. Seguimos a diante, com destino a cidade de Monte Dourado/PA, que faz divisa com a cidade de Laranjal do Jarí/AP. Essas duas cidades não são unidas, fisicamente, pois existe o rio da divisa do Pará com o Amapá, então, cruzando o rio, de balsa, já estaríamos no estado do Amapá. As cidades foram criadas pelo projeto Jarí, que na década de 80 revolucionou a região, mudando a vida dos ribeirinhos e criando essas duas novas cidades.
Chegamos 30 minutos adiantados do horário da balsa, e resolvemos aguardar ali mesmo. Havia pequenos bares nas proximidades do porto, e fomos conhecer um pouco as coisas por ali. Apesar da cidade ser toda projetada, com asfalto nas ruas, saneamento, etc e tal, existem coisas que a população local não conhece, como por exemplo: água mineral com gás. Um dos expedicionários foi até um desses bares e solicitou ao atendente que lhe fosse servido uma água mineral com gás. O atendente respondeu com uma pergunta e uma afirmação, com um ar de que quem lhe pedia tal coisa era louco, e disse o segunte: “gais?? Não existem água com gais!”. Então uma sem gás atendeu a sede de nosso expedicionário, mas a curiosidade do desconhecimento deles ficou como lição para nós.
Às 13:00h, a balsa pública, que faz a ligação entre as duas cidades, partiu, nos levando até o estado do Amapá. Paramos num posto de gasolina, pois segundo informações recebidas na balsa, o proprietário do posto é jeepeiro e poderia nos dar maiores informações. Ele não estava, e conseguimos um motoqueiro como guia para nossa expedição. Em nossa planilha, e segundo informações coletadas, a cachoeira de Santo Antonio ficava a 14 km da cidade de Laranjal do Jarí, mas na verdade são 60 km de estrada de terra, mais 27 km de trilha na mata. O pessoal da cidade não acreditava que estávamos indo para lá de carro. Não entendíamos bem o motivo de tanta admiração, mas resolvemos enfrentar a trilha e seguimos em frente.
Entramos na trilha próximo as 15:00h, após fazer o deslocamento dos 60 km até a entrada da trilha,um ramal madeireiro desativado, que hoje é usado por castanheiros, e seguimos por ela até sem grandes dificuldades. Mas a coisa foi complicando, a mata foi fechando, e concluímos que o motoqueiro foi crucial para nosso sucesso, pois além de ter várias encruzilhadas e bifurcações, a mata é fechada, ruim de se orientar, e havia mais de 30 arvores caídas, algumas com o topo da árvore na trilha, com muitos galhos, dificultando a limpeza para passar. Também tivemos um ataque de formigas, elas estão presentes nas maiorias das árvores caídas, mas em uma delas o ataque foi especial, tivemos que auxiliar os companheiros para tirá-las do corpo. A chuva foi outro fator complicador, deixando a estrada e pontes mais lisas, e a verificação da existência e da estrutura das pontes onde passaríamos ficou prejudicada com o cair da noite, pois boa parte da trilha, principalmente a parte mais complicada, foi feita a noite.
Chegamos com sucesso ao povoado de Santo Antonio da Cachoeira, por volta da 22:40, daí entendi o ar de admiração do povo da cidade, e para nossa sorte era quarta-feira. Na quarta eles desligam o gerador mais tarde para assistir ao futebol na TV. Em nossa chegada as luzes das casas estavam ligadas, e seguimos até a casa do morador mais antigo da localidade, Sr Raimundo Nonato, que gentilmente nos cedeu o salão comunitário para pernoitarmos, salão esse que atualmente é utilizado como igreja, pois o telhado da igreja está em reformas.
Logo que nos acomodamos as luzes apagaram, como já era previsto. Nesta noite eles atrasaram um pouco mais o desligamento da luz devido a nossa chegada. Nosso cheff preparou uma noite de queijos e vinhos, e jantamos a luz de velas. Sr Raimundo nos acompanhou durante o jantar e revelou que a aproximadamente 4 anos que não recebia uma visita de carro, e que na manhã seguinte iria contratar um pessoal para abrir a estrada para que pudesse chegar o material para reforma da igreja, pois eles tem acesso a cidade somente pelo rio. Então, em nossa diversão, acabamos fazendo uma boa ação. Agora a localidade tem acesso novamente a cidade (via estrada), e o serviço de limpeza da estrada foi feito gratuitamente.
Nesta noite garanto que todos dormiram bem, pois todos se esforçaram e trabalharam para que a expedição chegasse a localidade.

quarta-feira, 7 de abril de 2010

06/04/2010

Após do café da manhã, enriquecido com sanduíches, cereais, sucos, frutas, e outros itens das caixas de mantimentos, pegamos o ramal madeireiro pela manhã, e passamos por ele sem grandes dificuldades, apreciamos andar ao meio da floresta, com a mata fechada, ao som dos animais, mas também testemunhamos desmatamentos, queimadas, erosões e outras feridas profundas em nossa natureza. Andando e conhecendo o lugar pode-se afirmar com certeza que, se desmatar, teremos um deserto. Grandes dunas já são observadas em áreas desmatadas e na estrada forma-se uma areia solta, forçando o carro a andar em tração 4x4 mesmo com o tempo seco.
Próximo ao horário do almoço chegamos no porto. A balsa não estava lá, nem o balseiro e o rádio não respondia no canal combinado. Pedimos ajuda a um ribeirinho, que num pequeno barco a motor, desceu o rio e chamou o Sr Cleto, o balseiro. A demora da balsa até nos agradou, pois em sua demora, acabamos aproveitando um ótimo banho de rio, e alem dói banho, para brincar de pular num trapiche próximo ao porto. Sr Cleto chegou, na balsa Princesa do Almerin, uma balsa boiadeira, adaptada para levar os Jeeps até a cidade de Almerin. Na descida do Rio Paru, na localidade de Barreiras, passamos em frente da casa do Joelma da banda Calipso. Uma casa amarela, as margens do rio, com uma pista de pouso ao lado da casa. Paramos na localidade para descer um tambor de diesel, pois o Sr Cleto é vereador da cidade e doa a comunidade um tambor de diesel mensalmente, para funcionamento de um gerador que abastece a comunidade com energia elétrica.
Na viagem de balsa o cheff preparou um delicioso arroz carreteiro, servido com farofa e salada de tomates. Almoçaram também conosco o balseiro e seu ajudante. Eu que achei que iria emagrecer aqui nesta viagem, acho que está acontecendo ao contrário.
Segundo o ajudante do balseiro, desceremos na Hidroviária da cidade, bem no centro da cidade.
Descarregamos os carros na Hidroviária, conforme o ajudante da balsa falou. Uma rua de tráfego normal, motos aguardando, ônibus passando e nós manobrando os carros. O proprietário da balsa, coincidentemente, também é proprietário do Hotel onde ficamos, do posto de combustíveis, do centro comercial, é vereador, o restaurante onde jantamos é de um parente dele, enfim quase dono da cidade. Falando da cidade, cidade pequena, sem asfalto, mas com as ruas centrais da cidade com pavimento de cimento, muito irregular, mas plano o suficiente para o trânsito das motos, e para conter a poeira. Jantamos no restaurante Almirante, com 4 mesas apenas, mas de comida muito boa, e higiênica, segundo o Sr Cleto.
Na saída do restaurante tivemos que apurar o passo, veio a chuva que acelerou nossa volta para o hotel.
Amanhã viajaremos com destino a Monte Dourado, ainda estado do Pará, e nosso intuito é entrar na trilha pesada, dos 14 KM previsto para fazer em um dia, ainda amanhã. Acelerando assim a expedição, tentando recuperar o dia de atraso.

05/04/2010

A balsa que sairia em horário “londrino”, não foi pontual. Um dos expedicionários escorregou e acabou ferindo uma das pernas, na altura da canela. O tombo assustou os membros, que ficaram ao lado do ferido, aguardando a melhora do mesmo. Após constatado que a coluna não havia sido afetada, e que somente o corte profundo ocorrido na perna era o problema, ficamos mais calmos, mas assim mesmo cientes da urgência da situação. Para piorar, nossos carros foram os primeiros a ser carregados, depois mais carros, ônibus e caminhões foram carregados. O acidente ocorreu quase na hora de saída da balsa, e teríamos que descarregar os outros carros da balsa para sair com nossos carros. Um dos passageiros da balsa ligou para o serviço emergência, e uma ambulância do SAMU veio até o local. Os atendentes, muito prestativos, bem preparados, mas sem os materiais necessários, chegaram ao local e atenderam a emergência. Graças a um bom kit de primeiros socorros que nos acompanha com fios de sutura, seringas, gazes, pinça, tesoura, anestésico, entre outros itens, enfim, tudo o necessário para a realização do atendimento. Eles atenderam o ferido dentro da própria balsa, no compartimento traseiro de uma das Lands. Isso demorou um pouco, e a balsa saiu com 45 minutos de atraso.
Nossa previsão era apenas passar pela cidade de Monte Alegre/PA, mas essa era a próxima cidade em nosso roteiro, e fomos aconselhados pelos socorristas a procurar um médico para melhor examinar o ferimento. Após uma visita a um hospital público, depois em um consultório particular, em nossa terceira tentativa, realizou-se a consulta médica. O médico atendeu, não convenceu muito, mas serão seguidas as orientações por ele propostas, e a parte de enfermaria, como troca dos curativos e aplicação de injeções, será feita por membros da expedição.
Seguimos viagem, com destino ao Porto de Acarapi, no rio de mesmo nome, um dos afluentes do Rio Paru, que por sua vez é afluente do Rio Amazonas. Ainda em Curitiba foi agendado uma balsa para buscar os carros neste porto. Mas com os problemas mecânicos, o acidente, e mais a entrada na cidade de Monte Alegre/PA, atrasamos no nosso horário programado e optando por acampar na estrada.
Por falar em Monte Alegre, cidade muito simpática, toda asfaltada, com uma bela vista do Rio Amazonas, cidade que nos impressionou muito, todos elogiaram o estilo da cidade. Muitos moto taxis, e uma cidade muito maior que imaginávamos. Mas tínhamos que seguir viagem, pois a expedição precisa andar.
Chegamos a noite em Jutuarana, um distrito ou bairro da cidade de Prainha/PA, aqui as cidades tem grande extensão terriotial. A localidade muito simples, de uma rua só, toda de terra, e pouquíssimas casas, nesta localidade inicia o ramal madeireiro com acesso ao porto. Pedimos informações numa mercearia, para confirmar nossos mapas, pois depois que uma cidade estava no lugar errado no GPS, a todo momento é confirmando nossa real posição. A mercearia muito simples, para terem uma idéia nas caixas de mantimento da expedição havia mais volume e variedade de alimentos que na mercearia. Paramos ali, uma senhorinha, muito pequena, Dona Maria, nos atendeu de forma muito simpática, e nessas horas da noite, já estávamos em busca de um lugar para acampar. Perguntamos se poderíamos usar o quintal da casa dela para acampar, e ela nos ofereceu sua antiga casa, pois a que ela morava ali, mais próxima a estrada, era sua nova casa. A casa era de uma peça só, sem quartos ou salas, e o banheiro era a casinha lá fora. Pedimos se poderíamos usar a cozinha da casa nova, para nosso cheff preparar nosso jantar. Pelo uso da casa, do banheiro e da cozinha pagamos um pequeno aluguel para a dona Maria e Seu Rubens, que abriram as portas de sua casa, onde jantamos, pernoitamos, tomamos café e seguimos viagem.
Uma das curiosidades da casa é a altura do chuveiro, como o casal tem uma estatura pequena, construíram a casa e o chuveiro para eles. Eu, particularmente, tomei banho agachado para ficar na altura do chuveiro., e dormimos todos na mesma peça, afinal a casa era de uma peça só, e não havia como dividir o pessoal, então colchões ou colchonetes ao chão e uma noite de sono pela frente.

segunda-feira, 5 de abril de 2010

05/04/2010

Ainda no dia de ontem, logo após o jantar, chegou a peça que faltava, e voltaram os trabalhos de mecânicos. Todos engajaram-se no reparo do carro. O trabalho foi concluído umas 2:00 da madrugada de hoje. Acordamos cedo, novamente, para arrumar o freio de nosso carro, e revisar os freios de outro, tudo cronometrado, pois temos que entrar na balsa as 11:30 de hoje, pois a balsa, em horário pontualíssimo inglês, parte as 12:00.
Pelo visto vai dar certo, somente temos o problema do tamanho da balsa, talvez chegando lá não encontraremos espaço para nossos carros.
Tenho que aproveitar e escrever agora, pois daqui para frente estaremos mais distantes de recuros, e acesso a internet será coisa rara.

domingo, 4 de abril de 2010

04/04/2010

Uma extraordinária coincidência nos assistiu. Em frente ao hotel escolhido há um lava carros desativado, e aproveitamos o local e as rampas para fazer os reparos necessários nos carros. Os trabalhos foram iniciados ontem a noite mesmo, mas não conseguimos resolver todos os problemas. Uma das caminhonetes da expedição, já com problemas de suspensão, apresentou pane elétrica e problemas na injeção eletrônica, e os integrantes das duas caminhonetes desistiram de seguir viagem, então, a partir de amanhã, não serão mais 5 carros. Seguirão viagem apenas 3 carros e seremos 7 integrantes. Nos carros que seguirão viagem, trabalhamos o dia todo, até a noite de hoje, e conseguimos reativar um dos guinchos com problemas, e revemos alguns outros detalhes. Uma das Lands, que está com problemas na caixa de direção, está aguardando a chegada de uma nova caixa, que chegará hoje, por volta das 21:00h, então teremos serviço a noite. Amanhã deveremos estar com 2 carros revisados, faltando apenas o nosso carro, com problemas de desgaste excessivo e desigual das pastilhas de freio traseiras. Mas logo ao amanhecer, já estamos com o endereço de uma oficina, resolveremos o problema para seguir viagem amanhã tarde. Almoçamos no próprio hotel, sanduíches e batatas fritas, para não perder tempo e continuar com os reparos. Agora a noite vamos jantar em algum lugar da cidade, e aguardar a chegada da peça.

sábado, 3 de abril de 2010

04/04/2010

No Orkut
"Fabiano Wiggers"
no You tube
mrfabwiggers é o usuário
Procurem vídeos com a palavra uruara.

03/04/2010

Acordamos cedo, saímos por volta da 7:30 do hotel e seguimos viagem, pois se queríamos seguir o roteiro estávamos atrasados 150 KM, o que dá uma viagem de 3 horas aproximadamente. Chegamos em Uruará por volta das 11:00 h, abasatecemos os carros e seguimos pela TransUruará. Não é uma rodovia, e sim um canal madeireiro, de 200 km aproximadamente, utilizado pelas serrarias para extrair madeira da floresta. Não existe no mapa, nem do DENIT, nem os mapas locais expostos nos postos onde abastecíamos. Entramos na trilha TrasUruará, com destino a Santarém as 11:30 e encontramos o que viemos procurar: barro, muito barro, água, lama, buracos na pista cheios de água, com níveis que passavam por cima do capo, outras vezes no meio do vidro do carro. Dá um gelo, uma emoção, vontade de rir, é muito emocionante. Encontramos um grupo do Ceará, na trilha, o pessoal com vários Jeeps, e um Jeep nos chamou atenção, um Toyota Bandeirante alongado, mas alongado mesmo, uma verdadeira jardineira 4X4 na trilha. Encontramos um grupo que vinha de Santarém, e passamos por 2 caminhões atolados. Eles, os caminhões, estavam ali parado a 4 dias, e havia acabado de chegar uma pá carregadeira para resgatá-los. Assistimos a máquina trabalhar, demorou mas teve sucesso. Tirou o caminhão do atoleiro. Depois disso o pessoal iria carregar novamente a carga no caminhão, pois quando ele atolou, ficou mais baixo em um dos lados, e a carga caiu, arrebentando a lateral da carroceria.
Seguimos nosso rumo, e pouco adiante mais um problema em um dos carros, uma bucha de amortecedor estourado. Paramos, desmonta daqui, monta dali, e vamos novamente. Nesta parada foi trocado as buchas inferiores do amortecedor. Andamos uns quilômetros e começou a bater a bucha superior. Daí demorou. O amortecedor não soltava e foi desmontado todo o conjunto do amortecedor. Mas com calma e paciência foi consertado, com um ajuda em especial de uma morsa, fixada num dos carros, a peça foi vencida, desmontada, reparada, montada e testada. Enquanto foi arrumado o carro, nosso chefe de cozinha preparou uma maionese de batatas com damasco, e uma farofa de frango desfiado com castanhas. Ótimos pratos, de sabor excelente. Seguimos para almoçar/jantar, pois era o almoço mas já eram 19:00h, na barragem de um dos afluentes do Rio Tapajós. Nos deliciamos com os pratos, já a noite, as margens da barragem da hidrelétrica, pois fomos encontrar alguns membros da expedição que se adiantaram na viagem para pescar na represa. Lá estavam inaugurando uma churrasqueira e assando carne que haviam comprado num armazém do trajeto. Após o almoço/jantar seguimos os 60 KM restantes para chegar em Santarém.
Chegamos em Santarém, a segunda maior cidade do Pará, por volta da 10:30h. Como já era noite, e tudo escuro, não vimos muita coisa, mas ao amanhecer deve ser muito bonito aqui. O hotel fica a umas 5 quadras do Rio Amazonas. Amanhã vou lá conhecê-lo.
Não sei se seguimos viagem amanhã, pois além dos problemas menores, como por exemplo, dos 5 carros que compõem a expedição, todos vieram com guincho frontal, então tínhamos 5 guinchos, e hoje, funcionando só temos 3, e temos também 2 carros com problemas emergências para ser resolvido, e não dá para seguir viagem, pois há partes piores para passar, menos habitado, com menos recursos, enfim é melhor atrasar um dia, se for o caso, e atravessar na balsa com os carros 100%.
O pessoal chegou e está trabalhando nos carros. Acho que resolveremos tudo a tempo.
Temos que abastecer a cozinha dos carros para os dias que ficaremos acampados na selva.

02/04/2010

Saímos de Novo Progresso, cidade com obras para asfaltar a BR que cruza a cidade, então temos com muita lama e desvios, ainda na cidade. Seguimos pela estrada de chão sempre, por aqui não existe asfalto, mas estradas bem cuidadas, lisas quando chove, pois eles não conhecem cascalho ou saibro, é sempre na terra nua, nivelada para o tráfego dos veículos. Hoje, eu e o meu parceiro de Jeep completamos um sonho de infância, andar na Transamazônica. Pegamos a rodovia Transamazônica na num cruzamento de 3 rodovias. Seguimos pela Transamazônica, mas hoje ela é um grande canteiro de obras, bem larga, muito aterro, várias empreiteiras, muitas placas do PAC, e dos valores gastos. Ano de eleição é assim mesmo. Vejo que meu filho não vai andar nesta rodovia em estrada de chão, pois fiz as contas, ele tem 5, daqui a 13, quando com completar 18 anos, a estrada já deve estar asfaltada. Ainda bem que consegui conhecer ela de chão, tudo bem que andava a 80, 90 km/h. Isso mesmo, 90 km/h na Transamazônica. Mas o estipulado para o dia de hoje não foi completado tivemos problemas mecânicos nos carros, e em um deles um problema na caixa de direção, e esse impediu que continuássemos a viagem. Em nosso carro tivemos o bagageiro e o suporte de estepe quebrado, problemas elétricos no limpador, mas conseguimos fazer uma gambiarra para seguir viagem. Isto fora barulhos, ruídos, e outros detalhes. Até brincamos dentro do carro, a cada curva ou buraco surge um barulho novo. Uma das Lands apresentou problema de suspensão, que com peças de reposição trazidas foi arrumada na estrada. Todos esses problemas acarretaram o não cumprimento da meta dos 640 KM do dia aproximadamente. Completamos cerca de 480 e pousamos na estrada, num hotel que encontramos, faltando 150 KM para chegar em Uruará/PA que era nosso destino do dia. Muito cansados, sujos, molhados, fomos descansar para seguir viagem no dia seguinte.

sexta-feira, 2 de abril de 2010

02/04/2010

Acordamos moidos.... Mas respirando.... rsrsr
Coloquei umas fotos no Orkut.
Meu orkut é "Fabiano Wiggers"
Abraço

quinta-feira, 1 de abril de 2010

01/04/2010







Seguindo o horário marcado, acordamos (eu e meu parceiro de Jeep), as 5 horas da manhã, conforme o combinado. Mas o cara esqueceu do fuso horário, então, acabamos acordando as 4 da manhã do horário local. O cidadão perguntou ao recepcionista que horas ele iria acordar o resto do pessoal, o rapaz respondeu: “as 5 horas, conforme a solicitação”. Daí que se deu conta do erro. Mas como já havíamos tomado banho e nos arrumado, ficamos esperando o restante do grupo acordar.
O café da manhã, servido no hotel, teve seu horário adiantado por solicitação dos participantes da expedição. Após o café, seguimos para os carros para o início da expedição, assistidos por membros da AMFE. Seguimos de Sinop, com destino a divisa com o Pará. Viajamos em velocidade moderada no asfalto, devido a um tipo específico de pneus utilizado por alguns carros. Ainda no asfalto, na cidade de Guarantã do Norte/MT, paramos abastecer os veículos num posto que nos deu informações sobre a estrada e trajetos que deveríamos seguir. Após conhecer pessoalmente o proprietário do posto seguimos mais alguns KM no asfalto e logo chegamos aonde queríamos, na estrada de terra. No começo foi meio sem graça devido a falta de chuva, mas depois veio a chuva, a lama, o barro e mais chuva. Paramos para almoçar num restaurante as margens da BR 163, já no estado do Pará. Um pequeno restaurante, bem pequeno, mas havia mesa e cadeira para todos. Após arroz, feijão e vários ovos, seguimos viagem. Na estrada deparamos com um caminhão atravessado na estrada. Paramos, oferecemos ajuda, e com os equipamentos trazidos na expedição obtivemos sucesso. Demoramos umas duas horas no trabalho de tirar o caminhão e liberar a estrada. Enfim continuamos nossa expedição buscando chegar na cidade de Novo Progresso/PA. Chegamos por volta das 10:00h, ainda sujos, fomos jantar no Chopão, e depois seguimos para o Hotel para o descanso merecido.
Hoje vencemos 605 KM de estrada, sendo que aproximadamente 270 eram de asfalto. Amanhã teremos pela frente aproximadamente 640 KM de estrada de chão exclusivamente. Na chegada a cidade, paramos num posto para limpar um pouco os trincos dos carros, pois não havia como abrir o carro sem sujar a mão. Executando o serviço de limpeza, em conversa com o pessoal do posto, recebemos a notícia que chove a 3 dias, e que no dia de hoje ninguém entrou ou saiu da estrada, nem os ônibus rodaram. E olhe que vimos um ônibus no dia de hoje que era um ônibus de corrida literalmente, chegando a ultrapassar alguns carros da expedição. Então amanhã um belo dia nos espera. Temos o objetivo de vencer toda a kilometragem proposta no dia de amanhã. Vamos dormir, amanhã é outro dia, o segundo... rsrs